Aldeia em miniatura preserva identidade algarvia há 20 anos

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A já famosa e mais pequena aldeia portuguesa – Senhora do Forte -, que este ano completa 20 anos de existência, foi construída ao longo de 5.300 horas e doada ao Museu de Lagos, em 1993. Para além da tradicional festa preparada para assinalar esta ocasião, a aldeia promove a realização do I Congresso das Aldeias do Algarve

O Museu Municipal de Lagos vai acolher a festa do 20º aniversário da Aldeia da Senhora do Forte, no dia 22 de junho. Esta pequena localidade será alvo de diversas atividades destinadas a assinalar o aniversário da sua inauguração, onde se inclui a realização do I Congresso das Aldeias do Algarve.

De acordo com a organização, este congresso tem como objetivos “recolher, tratar e divulgar o máximo de informação sobre o passado e o presente das aldeias algarvias”, “promover a tomada de consciência das aldeias algarvias e dos seus moradores para as suas capacidades e potencialidades” e “proceder ao estudo da vida atual nas aldeias, incluindo o que afasta os seus naturais e o que atrai os novos moradores”.

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A ideia passa ainda por “possibilitar um conjunto de ações de dinamização social e cultural das aldeias algarvias que se projetem no futuro” e “criar parcerias destinadas a concretizar o máximo de iniciativas de interesse para as aldeias do Algarve”.

A Aldeia da Senhora do Forte foi construída por Pedro Reis, ao longo de quatro anos e 5.300 horas de trabalho minucioso, tendo sido doada ao Museu de Lagos, há vinte anos. Atualmente pode ser visitada, de terça-feira a domingo, neste equipamento cultural.

“O seu traçado urbanístico e as belezas paisagísticas naturais e da arquitetura tipicamente algarvias foram cuidadosamente aproveitados e respeitados, de forma a proporcionar as melhores condições de vida aos seus moradores (imaginários) e aos visitantes”, realça a organização, frisando que a aldeia tem registado uma cada vez maior afluência de turistas, “sendo hoje uma das localidades do Algarve mais procuradas”.

Pormenores imagináveis

A Aldeia Senhora do Forte foi criada com todos os pormenores imagináveis que retratam a cultura algarvia, de forma a preservar para sempre a identidade regional, tendo inclusivamente associados à sua fundação feitos históricos e até lendas. A história da aldeia encontra-se mesmo publicada em vários volumes que podem ser consultados no museu.

Com cerca de duzentas casas, numeradas e integradas em ruas também com nomes, a pequena aldeia tem estradas, uma escola, campo de futebol, um posto da guarda-fiscal e até sinais de trânsito.

A paisagem é típica do barlavento litoral, com a aldeia a erguer-se sobre falésias e a serra de Monchique ao fundo. Um porto de pesca, uma estação de caminhos-de-ferro, vestígios romanos, moinhos, um farol, uma igreja e o forte que lhe dá nome compõem o cenário.

Já a “Festa da Aldeia da Senhora do Forte – a paisagem do meu imaginário” alcançou ainda mais notoriedade, também além-fronteiras, quando venceu, em 2011, o concurso internacional III Prémio Mediterrâneo da Paisagem (categoria Experiências de Sensibilização e Formação).

O encerramento do I Congresso das Aldeias do Algarve decorre no Museu Municipal de Lagos, no dia 22 de junho, durante a festa da Aldeia da Senhora do Forte.

JA

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