Algarve com tecnologia “única a nível europeu” para detetar cancro da mama

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A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve apresentou esta terça-feira, dia 11 de julho, a nova Unidade Móvel de Rastreio do Cancro da Mama com Tomossíntese e diagnóstico assistido por computador (CAD), “única a nível nacional e europeu”.

Segundo a ARS, esta unidade móvel “torna o Algarve a primeira região do país a realizar rastreios com esta tecnologia de última geração e que permite aumentar significativamente a taxa de deteção de cancros da mama, reduzir os falsos positivos e o número de mulheres chamadas à consulta de aferição, reduzir a dose de radiação aplicada em cada exame e reduzir os custos do programa”.

No decorrer da sessão, que decorreu no Laboratório Regional de Saúde Pública do Algarve, em Faro, foi também apresentado o projeto-piloto de rastreio ao cancro do cólon e reto na região que, “nesta fase inicial, vai abranger cerca de sete mil utentes da Unidade de Saúde Familiar Ria Formosa, em Faro, e da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de São Brás de Alportel, estando previsto o seu alargamento no início de 2018 progressivamente a todas as unidades de cuidados de saúde primários do Algarve abrangendo cerca de 140 mil utentes”.

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Este rastreio vai ter como público-alvo homens e mulheres dos 50 aos 75 anos, e tem como objetivo “diminuir a morbilidade e mortalidade por cancro do cólon e reto, através da deteção e tratamento precoce das lesões encontradas, com melhoria da eficácia, eficiência da intervenção e da taxa de sobrevivência”.

Todos os utentes com teste de pesquisa “positivo” serão encaminhados para realizar uma colonoscopia “até 30 dias após a emissão do resultado, contribuindo, desta forma, para aumentar a taxa de sobrevivência, reduzir a proporção de cancros diagnosticados em fase clínica em relação ao total de cancros diagnosticados, diminuir as abordagens terapêuticas mais agressivas e melhorar a efetividade terapêutica”, realça a ARS.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, considerou na cerimónia que “hoje é um dia histórico para a região do Algarve com o início do rastreio do cancro do cólon e reto, algo que já estava a ser prometido há mais de 10 anos”, sublinhando que “começamos no ano passado com uma experiência no Norte, estamos a iniciar também a Região de Lisboa e Vale do Tejo e agora aqui no Algarve”.

“Esperamos que estas experiências piloto se testem e validem e se comecem a alargar a todos os ACES para que em 2018 possamos cobrir a totalidade do território nacional”, frisou o governante, acrescentando que, com isso, “esperamos duas coisas: aumentar a deteção precoce de novos casos, tratar mais cedo os doentes, aumentando a taxa de sobrevida a cinco anos e diminuindo a despesa do SNS”.

Já o presidente da ARS Algarve, Paulo Morgado, agradeceu o apoio do Rotary Club na aquisição da nova unidade móvel de rastreios e destacou “o papel essencial da Associação Oncológica do Algarve e do seu fundador, Santos Pereira”, pela sua visão de futuro e pela colaboração nos últimos anos com a ARS Algarve no desenvolvimento do programa de rastreio do cancro da mama, “que tem permitido alcançar excelentes taxas de adesão e contribuído para a melhoria significativa da deteção precoce de cancros e aumentando a eficácia do seu tratamento”.

JA

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