Atirador solitário preso em Paris tem passado violento

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Denunciado por um amigo que o alojava, Abdelhakim Dekhar, foi detido num parque de estacionamento subterrâneo da região parisiense, quando estava dentro de um automóvel em estado semi-comatoso devido à absorção de elevada quantidade de medicamentos.

O seu ADN confirmou que foi ele o autor dos recentes disparos em Paris com uma caçadeira – num dos quais, na sede do diário “Libération”, feriu gravemente um jovem fotógrafo que continua hospitalizado mas que já não se encontra em perigo de vida.

Abdelhakim Dekhar esteve implicado, em 1994, em Paris, num célebre tiroteio protagonizado por elementos da extrema-esquerda, da variante dita “autonomista”, no decorrer do qual um casal de extremistas, seu amigo, matou um taxista e três policias, na capital francesa.

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Conhecido pelo nome de Toumi foi então condenado por ter sido o “terceiro homem” neste caso que envolveu sobretudo os estudantes Audry Maupin e Florence Rey, os autores dos disparos.

Toumi, bem como o casal amigo, defendia nessa altura a luta armada, atentados e assaltos “aos capitalistas”. Considerado um marginal instável e mitómano, disse à polícia, depois do tiroteio, em 1994, que era um agente argelino infiltrado nos meios “autonomistas”.

Hoje com 48 anos, Abdelhakim Dekhar ainda não falou às autoridades por ter sido hospitalizado devido ao estado quase comatoso em que se encontrava quando foi detido.

Apenas foi identificado graças ao seu ADN. De acordo com informações da polícia, ele teria tentado suicidar-se. Mas antes teria feito desaparecer todos os principais indícios, designadamente a caçadeira e o vestuário que utilizou nos recentes ataques em Paris – o primeiro, falhado, na sexta-feira passada na sede da televisão BFM-TV, o segundo, na segunda-feira, no hall do jornal “Libération”, onde feriu um fotografo, e o terceiro quando no mesmo dia disparou contra a sede do banco “Société Générale”, em La Défense, perto da capital francesa.

Abdelhakim Dekhar andava a monte desde essa altura, quando desapareceu na zona dos Campos Elíseos depois de ter feito um refém. Foi durante três dias o homem mais procurado de França.

Daniel Ribeiro (Rede Expresso)

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