Aumento dos pedidos de ajuda condiciona orçamento para 2011

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Em tempos de crise, e mesmo mergulhadas numa grave situação financeira, as autarquias continuam a desempenhar um papel importante no apoio social. E é por isso que, em Lagos, apesar da queda nas receitas municipais, o orçamento para 2011 prevê ainda mais gastos com as ajudas aos mais pobres. Além disso, face às limitações financeiras, a grande preocupação da câmara municipal será garantir a conclusão dos projetos em curso no município.

O orçamento da câmara de Lagos para 2011 está fortemente condicionado pela grave crise financeira e pelo aumento dos pedidos de ajuda por parte da população mais carenciada.

Segundo a autarquia, o documento – aprovado na semana passada pela câmara e esta segunda-feira pela assembleia municipal – visa essencialmente “garantir a conclusão dos projetos em curso”.

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“O orçamento está condicionado pela situação financeira atual”, revelou a câmara em comunicado, acrescentando que “a evolução de grande parte dos compromissos eleitorais para a fase de execução dependerá do desfecho da grande crise mundial que se vive”.

A autarquia reconhece, assim, que a crise está a ter reflexos muito negativos na vida económica do país e do município, com graves repercussões também nas receitas municipais.

Por isso, as perspetivas sobre o futuro do município não são as mais animadoras. “Continua, tal como já se verificou no ano anterior, a grande incerteza quanto à arrecadação das receitas”, admite o executivo do PS liderado por Júlio Barroso, sublinhando que as receitas de IMT e licenças de obras caíram cerca de 30 milhões nos últimos três anos.

O pior é que a grave crise financeira, agravada no Algarve pelo crescimento desmesurado do desemprego, está a gerar na região algarvia um aumento substancial dos pedidos de ajuda às câmaras municipais e às instituições de solidariedade. E isto significa, necessariamente, que as autarquias terão mais gastos com os apoios sociais para manter as suas populações afastadas do limiar da pobreza.

“A eventual necessidade de afetar ainda maiores montantes para prover aos efeitos colaterais da crise condiciona de forma muito significativa as previsões para a execução das ações a realizar”, realça a câmara de Lagos.

(Texto publicado na íntegra na edição em papel do Jornal do Algarve de 9 de dezembro)

NC/JA

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