Aviso geral da Moody’s aos “chefes” da zona euro

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Uma saída da Grécia da zona euro pode colocar uma ameaça à própria existência da moeda única.

A agência poderá rever a notação de triplo A dos países que ainda a detém.

 

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A agência de notação Moody’s emitiu a partir de Nova Iorque, já depois do fecho dos mercados da dívida, uma nota avisando que uma saída da Grécia da zona euro – um dos cenários colocado por muitos analistas depois das próximas eleições de 17 de junho e desejado por outros como “vacina” para os outros periféricos – poderá colocar “uma ameaça à própria existência do euro”.

A saída do euro por parte de Atenas provocará uma onda de choque. A ideia de que se pode colocar uma cerca para evitar o contágio e as perdas não está nos cenários da Moody’s.

No caso desse cenário se concretizar, a Moody’s procederá a um movimento imediato de revisão das notações de Chipre (já com dívida classificada em terreno especulativo, vulgo lixo financeiro), Portugal (numa situação de dívida especulativa ainda pior do que Chipre), Irlanda (classificação similar à de Chipre), Itália (classificada com A3) e Espanha (classificada do mesmo modo que Itália).

E deixa um aviso aos membros da zona euro ainda com a notação de triplo A (Aaa, na nomenclatura da Moody’s): “Se a Grécia abandonar o euro, colocando uma ameaça à continuação da existência do euro, a Moody’s procederá à revisão de todas as notações soberanas da zona euro, incluindo as das nações com triplo A”.

As nações ainda com notação triplo A na zona euro, segundo a Moody’s, são: Alemanha, Áustria (com perspetiva negativa), Finlândia, França (com perspectiva negativa), Holanda e Luxemburgo. Esta agência não seguiu a decisão da Standard & Poor’s em cortar o triplo A à Áustria e à França em janeiro deste ano.

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