BE/Algarve quer apoios para agricultura sustentável

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José Gusmão salienta ainda que é necessária uma política de apoios à agricultura que seja usada para promover os modelos de produção agrícolas assentes numa relação responsável com os recursos naturais, acrescentando que “a diversidade das culturas, incluindo entre a culturas de sequeiro e regadio tem de ser recompensada”, segundo o comunicado do BE/Algarve. 

O candidato às eleições do dia 30 de janeiro relembrou também que “muitas das pequenas explorações têm grande vantagens para biodiversidade e para a soberania alimentar”. 

O BE/Algarve visitou a exploração da empresa Alcagoita, em Aljezur, que pratica uma agricultura com pouco uso de água e com diferentes culturas como feijão carito, batata doce e amendoim. 

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“É incompreensível que os apoios continuem a ser orientados para as grandes monoculturas, incluindo as super-intensivas, que estão a colocar uma pressão insuportável sobre os recursos aquíferos, em vez de apoiar as explorações que mantêm uma relação harmoniosa com os recursos da região”, refere o candidato em comunicado. 

José Gusmão falou ainda da vocação exportadora continuar a ser um critério para a atribuição de subsídios, “num momento em que cada vez mais países apostam na soberania alimentar, tendência que se reforçou com a pandemia, o nosso país continua a favorecer a produção massificada para fora e a importação de produtos de baixa qualidade e com elevada pegada ecológica, em vez da valorização da produção nacional através de circuitos curtos de distribuição”. 

Para o bloquista algarvio, as entidades públicas deveriam dar o exemplo, “abastecendo-se localmente e apoiando os produtores com infraestruturas para a venda direta e apoios à distribuição”. 

Em relação à questão da água, o BE/Algarve destacou a falta de investimentos nos circuitos de rega que levam “à situação absurda que se arrasta há meio século no Terminal de Rogil, em que água do perímetro do Mira é deitada diretamente ao mar”, uma situação que tem vindo a ser denunciada pelo deputado João Vasconcelos. 

O responsável da empresa Alcagoita referiu ter necessidade de aumentar o limiar de isenção de IVA, tendo em conta as baixas margens de exploração que estão associadas à pequena agricultura. 

O produtor acrescentou também que existe falta de apoios e de acesso à água, que está a atirar pequenos produtores para fora da agricultura, com consequências económicas, sociais e ambientais, resultando numa concentração na grande monocultura. 
 

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