A instalação de uma central fotovoltaica em agosto do ano passado na Escola Básica Professor Sebastião Teixeira, em Salir, já apresentou resultados positivos com a poupança de mais de três mil euros na fatura energética daquela instituição, anunciou a autarquia de Loulé.
Além desta poupança energética, a instalação enérgética solar, que faz parte da comunidade do Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita de Loulé, já foi evitada a emissão de mais de dez toneladas de CO2.
Mas este projeto é ainda mais ambicioso já que prevê a venda do excedente à rede elétrica de serviço público, com o objetivo de, em breve, alimentar um fundo de transição energética que permitirá financiar medidas de eficiência energética no Agrupamento de Escolas Padre João Coelho Cabanita.
O projeto Comunidade Energética Escolar surgiu no âmbito do Conselho Local de Acompanhamento da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas de Loulé, do Grupo de Trabalho sobre Energia, desenvolvido pela Câmara Municipal de Loulé em pareceria com Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve.
Para além da instalação da central fotovoltaica nesta escola, está prevista a participação efetiva da comunidade escolar para dinamizar novos projetos associados à descarbonização do agrupamento escolar, como a realização de ações de sensibilização na Escola Básica Prof. Sebastião Teixeira.
Este projeto tem um carácter pedagógico, uma vez que os alunos poderão aprender sobre a tecnologia fotovoltaica e energias renováveis, dando apoio à manutenção da central através de tarefas básicas, e ao trabalhar os dados em contexto de sala de aula.
O projeto Comunidade Energética Escolar pretende qie seja expandido a outras escolas do concelho de Loulé, estando prevista a instalação de uma potência de 1 MW para geração de energia elétrica a partir da energia solar até final do ano de 2021, evitando assim a emissão de mais de 450 toneladas de CO2 por ano.
“Até ao momento não existe nenhum projeto similar a nível nacional que siga estas diretrizes, pelo que o Município de Loulé poderá assumir uma contribuição para a transição energética através de um modelo participativo inovador, que se vai autoalimentando na sua totalidade, traduzindo-se em novos projetos para a descarbonização”, revelou o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, em comunicado.
