Contentores recolhem roupas e brinquedos por toda a região

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Os algarvios já podem depositar a roupa e os bonecos que já não usam em centenas de contentores espalhados por toda a região. A ideia partiu da Cruz Vermelha e está a alastrar-se a todos os municípios algarvios. O objetivo é ajudar quem mais necessita, num momento em que cresce brutalmente o número de famílias carenciadas a pedir apoio.

 

As delegações locais da Cruz Vermelha Portuguesa e os gabinetes de apoio e ação social das câmaras municipais são duas das primeiras “portas” a que os algarvios batem quando se vêm confrontados com grandes dificuldades.

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Para responder a tantas solicitações e pedidos de ajuda, “a Cruz Vermelha encontra-se a negociar com as autarquias algarvias para que sejam instalados contentores de recolha de vestuário e brinquedos”, adiantou esta semana ao JA uma fonte da Cruz Vermelha.

A ideia, revelou, “é alargar a rede de depósitos a toda a região ou, no mínimo, em todos os concelhos onde exista uma delegação da Cruz Vermelha”, que, no caso do Algarve, localizam-se em Portimão, Vila Real de Santo António, Lagos, Faro, Fuzeta, Loulé, Martinlongo, Moncarapacho, Olhão, Silves, Tavira e Vila do Bispo.
Mas os contentores também podem surgir noutros municípios, como é o caso de Albufeira, que acaba de instalar 41 contentores para recolha de roupa, calçado e brinquedos.

A instalação dos equipamentos, que foram colocados na sua maioria junto de ecopontos espalhados um pouco por todo o concelho, visa dar outro fim a bens que normalmente iriam parar aos contentores do lixo.
“A ideia é ajudar os munícipes mais carenciados e contribuir para a preservação do meio ambiente”, explica a câmara municipal, num comunicado enviado à nossa redação.

Desta forma, e graças a uma parceria estabelecida entre a autarquia, a Cruz Vermelha e uma empresa privada (Ultriplo), peças de vestuário, calçado e brinquedos usados – mas ainda em bom estado -, poderão ser recolhidos e “encaminhados para os indivíduos, famílias ou instituições de solidariedade social sinalizadas pela rede de parceiros do município”, adianta a câmara de Albufeira, frisando que este serviço é gratuito para todos os envolvidos nesta iniciativa solidária.

Ajudar quem mais necessita e também o ambiente

Por outro lado, todo o material já sem condições de ser usado será reciclado. Neste processo, a roupa será transformada em “produtos de limpeza” de origem têxtil ou fibras, que serão mais tarde utilizadas no fabrico de outros produtos. O calçado, por sua vez, será convertido em alcatrão.

O resultado, salienta a câmara de Albufeira, é que, desta forma, “cerca de 95 por cento do que é colocado nos contentores é aproveitado”. E mais: os munícipes estão a ajudar os que mais necessitam.
Para salvaguardar a manutenção do bom estado das peças, a autarquia recomenda que a roupa, o calçado e os brinquedos sejam colocados dentro de sacos de plástico, de pequena ou média dimensão, de forma a não ficarem “entalados” na boca do contentor.

Depois da abertura da cantina social e do apoio ao pagamento das rendas das casas, entre outras, esta é mais uma medida da autarquia para apoiar os munícipes em maiores dificuldades financeiras, numa região onde o desemprego e a pobreza começam a assumir proporções graves.

 

Nuno Couto/Jornal do Algarve
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