‘Costa Concordia’ prestes a voltar a flutuar

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Se tudo correr bem, a operação para voltar a colocar a flutuar o ‘Costa Concordia’, que arrancou esta segunda-feira, estará concluída daqui seis, sete dias, de modo a que o navio de cruzeiro possa partir para o porto de Génova, no norte de Itália, onde será desmantelado.

“A primeira parte da operação será a mais perigosa, porque o navio será separado das plataformas” em que está apoiado, indicou Franco Gabrielli, responsável da proteção civil. “Os riscos são de que o navio se incline à medida que vai sendo levantado, ou que as correntes por baixo quebrem”, afirma Nick Sloane, especialista neste tipo de operações de resgate, citado pela agência France Press.

O navio de 114,5 toneladas terá de subir dois metros das plataformas artificiais sobre as quais esteve assente desde que voltou a ser colocado na posição vertical em setembro de 2013.

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Para tal, será bombeado ar, lentamente, no ‘Costa Concordia’, através de 30 tanques – presos por correntes ambos os lados do navio, ao longo dos 290 metros de comprimento -, de modo a expulsar a água que se encontra acumulada no interior do barco.

350 pessoas envolvidas na operação

Uma vez completado com êxito este processo, serão procurados danos estruturais e removidos destroços. E também iniciadas novas buscas do corpo de Russel Rebello, empregado indiano que prestava serviço na noite da tragédia.

Se tudo correr conforme previsto os tanques irão descer até ao nível correto entre terça e quarta-feira. A principal operação para estabilizar o barco decorrerá entre quinta-feira e sábado.

Todos estes delicados procedimentos envolvem 350 pessoas, entre engenheiros e mergulhadores.

A derradeira viagem

O ‘Costa Concordia’ efectuará depois a sua derradeira viagem no Mediterrânio, percorrendo ao longo de quatro dias os 280 quilómetros de distância entre a ilha de Giglio e o porto de Génova, onde será desmantelado.

O navio de cruzeiro naufragou a 13 de janeiro de 2012, após embater violentamente contra um rochedo, causando 32 mortos e dezenas de feridos, entre as mais de quatro mil pessoas que se encontravam a bordo.

O comandante Francesco Schettino foi o único a ser julgado por homicídio por imprudência, naufrágio e abandono do navio.

RE

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