Os responsáveis municipais da cidade de Fukushima, no Japão, anunciou esta terça-feira que vai distribuir aparelhos para medir a radioatividade às 34 mil crianças da localidade a partir de setembro, com o objetivo de tranquilizar as famílias, inquietas com a radioatividade que tem origem na central nuclear acidentada.
Fukushima está fora da zona de exclusão de 20 quilómetros decretada pelas autoridades em redor da central de Fukushima, localizada a 60 quilómetros do centro da cidade.
Mas muitos moradores da cidade estão inquietos com a possibilidade de fugas na central, muito abalada pelo sismo e tsunami de 11 de março.
O governo municipal afirmou que pretende tranquilizar as famílias com a medida e destacou que os níveis de radioatividade estão abaixo do limite oficial de risco para a saúde.
Na semana passada, no entanto, a organização ecológica Greenpeace pediu ao governo do Japão que retirasse todas as crianças e mulheres grávidas da cidade de Fukushima.
A organização denunciou que os moradores da cidade receberam uma radiação entre 10 e 20 milisieverts ao ano (o limite em muitos países para funcionários de uma central nuclear), sem contar as partículas radioativas inaladas ou ingeridas através da poeira, comida ou água.