Eleições antecipadas e acordos de incidência parlamentar que pudessem garantir uma maioria ao governo, são dois cenários prováveis
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A demissão de Paulo Portas não implica automaticamente a queda do Governo, o que só acontece com a saída do primeiro-ministro. Esta é uma situação inédita na democracia portuguesa, pois é a primeira vez que o líder do partido minoritário de uma coligação se demite isoladamente sem referir o que acontecerá com os outros ministros do CDS.
Embora o cenário mais natural seja o recurso a eleições antecipadas, está também em aberto, em teoria, a possibilidade de acordos de incidência parlamentar que pudessem garantir uma maioria ao governo.
Acontece que a demissão é anunciada a escassos minutos da tomada de posse, em Belém, da nova equipa do Ministério das Finanças, ficando a dúvida sobre se ela se concretizará. Certo é que os ministros estão a acorrer à Presidência da República. A posse, a concretizar-se, poderá ser um sinal de que Passos Coelho quer continuar. Mas nem este sinal é inquestionável, pois a nomeação dos responsáveis das Finanças poderá ser justificada como uma necessidade para garantir a transição.
Anunciada está uma comunicação ao pais do primeiro-ministro até às 20 horas e feita a partir de S. Bento.
João Garcia (Rede Expresso)
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