Encontro relâmpago em Berlim para salvar a Grécia

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É o tudo por tudo para salvar a Grécia. Um encontro ao mais alto nível decorre esta noite em Berlim para discutir uma proposta para apresentar à delegação helénica, numa altura em que o país se aproxima da bancarrota. Na reunião estão presentes a chancelar alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, François Hollande, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker e o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

Segundo a Bloomberg, que cita duas fontes próximas do processo, a proposta discutida esta segunda-feira será apresentada à Grécia nos “próximos dias”. Espera-se também que a chanceler alemã esteja mais envolvida nas negociações de forma a agilizar um acordo entre esta semana e a próxima reunião do Eurogrupo, que decorrerá no dia 18 de junho em Luxemburgo.

O “Financial Times” escreve que o encontro visa eliminar as diferenças entre a Grécia e os credores para encontrar um terreno comum com vista a um acordo, enquanto o “Die Welt” fala numa “última proposta” para os gregos. “A reunião terá como objetivo apresentar a última proposta para a Grécia. Terá estritamente como base o atual programa”, disse fonte próxima do processo ao jornal alemão.

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No domingo, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, manteve conversas telefónicas com Angela Merkel e François Hollande, que tiveram um balanço “construtivo.”

Apesar dos credores acusarem o Executivo grego de manter uma postura inflexível, Alexis Tsipras insiste que a “intransigência” está do lado das instituições. “A falta de um acordo até agora não é devido à suposta postura intransigente, inflexível e incompreensível do lado grego. É devido à insistência de alguns atores institucionais que insistem em propostas absurdas, revelando uma total indiferença face à recente escolha democrática do povo helénico”, afirmou o primeiro-ministro grego num artigo publicado hoje no “Le Monde.”

O Executivo helénico reitera que o país não vai ceder em relação às “linhas vermelhas” que definiu como a reforma do IVA e do mercado laboral, não aceitando também um “acordo humilhante”.

Recorde-se que a Grécia está em contrarrelógio, enfrentando problemas de liquidez que poderão impossibilitar o país de cumprir os seus compromissos quando faltam quatro dias para terminar o prazo para pagar a próxima prestação de 1600 milhões de euros ao FMI e menos de um mês para o concluir o programa de resgate.

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