Equipa de Albufeira participa no maior “rali” humanitário do Mundo

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No próximo dia 15 de janeiro terá início a sexta edição do maior rali humanitário do mundo: o Budapest-Bamako. Portugal vai estar representado por uma equipa de Albufeira, que se propõe atravessar os perto de 18 mil quilómetros que ligam a Europa a África.

Com partida de Budapeste, na Hungria, as cerca de 250 equipas em prova irão percorrer 8570 quilómetros até Bamako, no Mali, passando por um total de dez países.

“Para nós será quase o dobro!”, refere António Vilela, piloto de uma das viaturas em prova da AfroTeam. “Vamos sair do Algarve no dia 8 de janeiro [hoje, sábado], conduzir até Budapeste para iniciar o rali, e passadas duas semanas o final em Bamako. Depois o regresso a casa… são quase 18 mil quilómetros. Acima de tudo vai ser uma aventura única!”, salienta.

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Para além da componente desportiva, este rali trans-sahariano destina-se a prestar ajuda humanitária aos países mais pobres de África, em especial à Mauritânia e ao Mali.

“O valor das inscrições irá reverter para as ONG que estão a desenvolver trabalho nestes dois países e todas as equipas irão levar bens e equipamentos, desde vestuário a material escolar, equipamento médico, brinquedos e ferramentas. Vamos ainda prestar cuidados de higiene dentária junto especialmente de crianças”, explica António Vilela.

Para além da ajuda humanitária directa que a organização do rali se encarrega de gerir, os portugueses irão subir a fasquia ao criar a AfroTeam Development.

“Sabemos que a entrega de ajuda directa é óptima e bem-vinda junto das comunidades, mas identificar necessidades e desenvolver projectos sustentáveis que venham a servir muitas mais pessoas, é para nós um objectivo fundamental”, diz Nuno Assunção, consultor para o desenvolvimento da AfroTeam. A realização de análises e tratamento de água e a colocação de painéis solares são as acções em foco.

Refira-se que, em 2009, o evento angariou mais de 700 mil euros e, em 2010, a ajuda traduziu-se em 25 toneladas de mantimentos. “Esperamos atingir um milhão de euros nesta sexta edição”, anseia António Vilela.

A AfroTeam Algarve, de Albufeira, é a única equipa portuguesa a integrar a prova internacional. Composta por cinco elementos e duas viaturas, vai participar com o todo-o-terreno mais antigo em competição.

“Recuperámos este Land Rover de 1973 e queremos marcar pela diferença. Trata-se de uma prova vocacionada essencialmente para a orientação, em que a velocidade não é um factor determinante, o que nos permite participar com este veículo clássico”, explica o piloto.

O município de Albufeira é um dos parceiros da equipa algarvia, que se associa a esta prova desportiva internacional de carácter social.

“Procuramos apoiar as associações locais na realização das suas actividades e projectos, especialmente quando estão em representação do concelho e do país. Sabemos que, pelo seu cariz humanitário, esta é uma iniciativa de relevo que merece o nosso apoio. Por outro lado, o mediatismo associado à prova permite levar Albufeira além fronteiras”, afirma Desidério Silva, presidente da Câmara Municipal.

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