Um casal de que se dedicava ao tráfico de droga em Monte Gordo foi detido ao final da tarde desta segunda-feira por militares do Núcleo de Investigação Criminal de Tavira da GNR, numa megaoperação que contou com o apoio do Comando Territorial de Faro.
A operação da GNR incluiu uma busca domiciliária a uma residência daquela localidade do concelho de Vila Real de Santo António, tendo os dois indivíduos, um homem de 55 anos e uma mulher de 33 anos, sido detido em flagrante delito.
Os detidos tinham na sua posse 57 doses de heroína em estado puro e preparada para ser tratada e adulterada de modo a aumentar a sua quantidade.
A GNR apreendeu um fogão a gás, utilizado para tratar o estupefaciente, um moinho, que servia para adulterar o estupefaciente e aumentar a sua quantidade, e três balanças (duas delas digitais). Entre o material apreendido estão também tesouras, lâminas e caixas de medicamentos (usados para “cortar” as doses) e recortes de plástico (para individualizar as doses para venda).
Durante a operação foram, ainda, apreendidas três armas brancas, uma arma de fogo e respetivas munições, dois telemóveis e vários cartões.
Entre a forma e o conteúdo
A GNR prendeu um casal que vive do tráfico de estupefacientes. Os clientes dos traficantes vivem do roubo e outras malas-artes para conseguirem o dinheiro para lhes comprarem a dose diária qu lhes vai evitar o martírio da ressaca. A Guarda vive destas notícias, por que não consegue viver das outras que são os roubos perpetrados pelos clientes dos traficantes de droga.
Portanto, estes comerciantes ilegalizados, voltarão à sua actividade porque não têm possibilidade de subsistir sem ela, mudam de residência, estão referenciados, já se sabe quem é quem, e quando fizer falta mais uma notícia para o jornal, vão lá buscá-los outra vez; e outra vez, e uma vez mais, o juiz solta-os, pois então o que é que o juiz há-de fazer…enviá-los para a prisão? Mas se as prisões estão cheias e custa dinheiro alimentar estes hóspedes, que até nem se importam muito de ir para o hotel, por que ali, ao menos têm cama, comida e roupa lavada. E de vez em quando vêm até cá fora ver como é que param as modas. É um ciclo constante.