Governo vende ANA aos franceses da Vinci

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A ANA – Aeroportos de Portugal foi vendida aos candidatos que ofereceram o maior preço, o Grupo Vinci, que já é acionista da Lusoponte.

O conselho de ministros anunciou a vitória da proposta da francesa Vinci na corrida à privatização da ANA.

O vencedor terá a concessão, durante 50 anos, da atividade de oito aeroportos portugueses, excluída a ANAM, que gere os aeroportos do Funchal e de Porto Santo.

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O grupo francês vencedor na operação da ANA já está presente am Portugal – através da participada Vinci Concessions – e detém 37% do capital da Lusoponte, que gere a concessão das duas pontes de Lisboa, a 25 de Abril e a Vasco da Gama.

3080 milhões

Trata-se da proposta com a maior oferta, que proporcionará ao Estado um encaixe de 3080 mil milhões de euros.

À privatização concorreram inicialmente cinco candidatos, mas apenas quatro apresentaram propostas vinculativas em 14 de dezembro – além da Vinci, concorreram o consórcio da Corporación America, ao qual aderiram recentemente os mexicanos da Tradeco, o consórcio do aeroporto de Zurique, aliádo à CCR e ao fundo GIP, e o consórcio do grupo da Fraport, aliado ao fundo IFN.

Portela é “estrela”

O aeroporto da Portela, em Lisboa, é a estrela da rede aeroportuária da ANA, sendo a plataforma – hub – da operação da TAP para o Brasil e África.

Dois oito aeroportos portugueses geridos pela ANA, a Portela apresenta o maior volume de receitas e as melhores perspetivas de crescimento, tendo registado uma evolução favorável em 2012, que foi um ano dominado pela crise europeia na zona euro.

De janeiro a outubro a atividade da Portela aumentou 1,1%, enquanto a globalidade dos aeroportos portugueses foi confrontada com uma queda de 1,1% no mesmo período.

No relatório e contas da ANA para 2011 a empresa previa que este ano os seus aeroportos deveriam registar uma taxa de crescimento de 0,8% no tráfego de passageiros.

O movimento de aeronaves previsto pela ANA apontou para uma estagnação e a carga aérea movimentada poderia aumentar 0,8%, referia o relatório e contas da empresa.

Para a valorização da ANA e do aeroporto de Lisboa contará a atividade do principal operador, a TAP, que prevê crescer 5% ao ano, durante os próximos cinco anos.

Lisboa terá mais investimentos

O novo acionista da ANA terá agora de continuar a expandir o aeroporto de Lisboa. Já em 2012 a ANA investiu 28,5 milhões de euros, de um total de 380 milhões previstos para o plano de expansão que vigora até 2013.

A capacidade do aeroportoda Portela aumentará, passando dos atuais 36 movimentos de aeronaves por hora para os 40 movimentos por hora, o que equivale a um aumento de passageiros de 3.200 passageiros por hora para 4.320 por hora.

J.F. Palma-Ferreira (Rede Expresso)
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