Infeções vão continuar a subir nas próximas semanas no Algarve, diz ABC

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O número de casos positivos de covid-19 no Algarve “continuarão a subir” nas próximas semanas, segundo disse ao JA o presidente do Algarve Biomedical Center (ABC), Nuno Marques.

“Temos de ter cuidados para não termos uma situação igual a janeiro ou fevereiro deste ano”, alerta o médico, revelando que a causa desta subida de infeções deve-se a “um longo alívio dos cuidados em festejos e em situações familiares”.

Nuno Marques prevê para as próximas semanas “um aumento do número de casos”, além de “uma situação complicada”.

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Atualmente, a variante dominante no Algarve é a Delta, que é 70% mais transmissível do que a anterior, a britânica, “que já era mais transmissível do que o vírus clássico, sem mutação”.

“Agora há uma disseminação muito rápida. O número de pessoas infetadas por cada um é mais alto, independentemente se estão vacinadas ou não. Se as pessoas não tiverem cuidado, ficam infetadas”, acrescenta.

A vacina contra a covid-19 “evita as manifestações mais graves da doença”, mas apenas “diminui a hipótese, não a elimina”, explica Nuno Marques ao JA.

Para o médico, o Algarve “é uma zona complexa” devido ao turismo, com os novos casos a ter impacto “daqui a três semanas”.

“Temos sempre a questão do delay, do atraso na implementação de medidas e da resposta. Estamos também numa altura em que as pessoas estão com cansaço pandémico”, refere.

Segundo o presidente do ABC, a maioria dos contágios acontecem em situações onde não são cumpridas as regras sanitárias, principalmente em grupos de jovens que estiveram em viagens de finalistas e que organizaram festas em apartamentos.

No entanto, Nuno Marques alerta que “as pessoas têm de perceber que não é preciso haver distanciamento social, mas sim físico. Se tiverem cuidado, com o uso de máscara, não se vão contagiar com esta variante”.

O médico sugere ainda que para “ajudar no controlo e manter aberta a zona turística”, os eventos com mais de 10 pessoas devem incluir testes de diagnóstico, para que as pessoas “se possam divertir sem estar a por outros em causa”.

“Se todos tivermos cuidados, podemos ainda aproveitar parte do verão”, conclui.

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