Investimento em nova conduta vai despoluir a Ribeira do Cadoiço

Dentro de um ano, louletanos e visitantes poderão usufruir de uma Ribeira do Cadoiço despoluída, onde a cor turva de agora dará lugar a águas límpidas

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A obra de criação de um coletor alternativo ao instalado na Ribeira da Graça (águas e esgotos) foi lançada esta semana, após a assinatura do auto de consignação, e irá dar resposta a um problema ambiental há muito apontado pela comunidade.

O investimento para despoluir a Ribeira do Cadoiço ronda os 1,5 milhões de euros.

Segundo a autarquia, trata-se de “uma obra fundamental” que incidirá na recuperação da linha de água onde periodicamente se registavam “ocorrências de alta carga poluente de esgotos”, em virtude da deterioração da conduta que corre dentro de um túnel que atravessa subterraneamente toda a cidade de Loulé, de Norte para Sul (entre a Avenida Laginha Serafim e a Ponte do Cadoiço na estrada para Faro).

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Joaquim Farrajota, responsável pelo Departamento de Obras do município, adianta que os trabalhos irão constar na criação de uma adutora que passará por um sistema autónomo, permitindo que, quando as chuvas caírem, possam correr pela zona de drenagem natural, ou seja, pela própria ribeira. Já a parte dos efluentes das habitações, irá diretamente para a rede de esgotos. “Com esta alternativa, o esgoto corre para ele próprio e a parte dos pluviais descarrega naturalmente na ribeira seguindo depois para o mar”, observa.

Um coletor de grande dimensão será criado com início na Rua Dr.ª Laura Ayres (em frente ao Tribunal Administrativo de Loulé), seguindo pela Rua Ventura de Sousa Barbosa, Rua General Humberto Delgado, Rua Ribeiro da Graça e Rua do Cadoiço. Será também executado um troço de coletor doméstico com as mesmas características entre a zona de estacionamento que liga a Rua General Humberto Delgado e a Rua Antero de Quental, assim como realizada a reparação e substituição das infraestruturas existentes ao longo do todo o percurso sempre que necessário.

Quando os trabalhos estiverem concluídos, Vítor Aleixo acredita que aquele ex-líbris do património ambiental em pleno centro urbano de Loulé “poderá ser um ponto de convívio, fruição e contemplação por parte dos cidadãos, até porque, logo ali ao lado, está a ser desenhado o Parque Urbano e Agrícola de Loulé”, conclui.

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