Israel ameaça retirar direitos de residência a palestinianos

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Em Jerusalém, há 350 mil palestinianos que possuem documentação que lhes permite circular livremente por toda a cidade, isto é, nos dois lados do muro erguido por Israel na fronteira com a região da Cisjordânia. No entanto, a imprensa internacional adianta que 230 mil destas pessoas podem ver os seus direitos de residência revogados, por decisão do primeiro-ministro.

Benjamin Netanyahu já tinha deixado no ar a hipótese de retirar aos palestinianos que residem para lá do muro a possibilidade de circular livremente, evocando como razão para a decisão a onda de violência que se verifica de há dois meses para cá – em 2004, quando o muro foi construído, o Governo israelita descreveu-o como “um muro anti-terrorismo”. No entanto, a agência noticiosa turca Anadolou adianta que Netanyahu quer agora ir mais longe e incluir nesta medida os direitos de residência até dos palestinianos que vivem do lado de dentro desta barreira de separação.

Mesmo para quem vive dentro da área compreendida dentro dos limites do muro, as autoridades de Jerusalém, citadas pelo britânico “Independent”, garantem não haver segurança. O jornal adianta que responsáveis palestinianos dizem que se o direito a trabalhar for retirado a estes palestinianos, estes “tornar-se-ão criminosos”.

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De acordo com os números oficiais adiantados pela Palestina, há neste momento 145 mil palestinianos que residem do lado interior do muro e 195 mil que vivem para lá desse limite. Um perito em relações internacionais da Palestina, Kahil Tufakji, adiantou à Andalou que o plano do antigo chefe do Governo israelita, Ehud Olmert, é que Jerusalém seja uma cidade “com uma maioria de 88% de cidadãos judeus” até 2020.

ESCALADA DE VIOLÊNCIA

Palestinianos e israelitas têm protagonizado uma escalada de violência nos últimos meses. Entre o início de outubro e o final de novembro, 94 palestinianos foram mortos na sequência de tiroteios e confrontos com as autoridades de Israel nos territórios palestinianos ocupados; no mesmo período, 16 israelitas morreram em resultado de ataques com facas e armas de fogo.

Em resposta à crescente violência, o ministro da Defesa israelita, Mosye Ya’alon, revelou no final do mês passado ter planos para prolongar o muro que isola a Cisjordânia do resto de Jerusalém.

(Rede Expresso)

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