A justiça chilena aceitou investigar a morte de seu prémio Nobel de Literatura, o poeta Pablo Neruda, em 1973, ocorrida 12 dias depois do golpe de Estado que instalou no poder a ditadura de Augusto Pinochet.
Segundo , uma fonte judicial, o juiz Mario Carroza recebeu a acusação, feita na terça-feira, pelo PC chileno – partido no qual o poeta militava -, após denúncia recente apresentada por seu ex-motorista, Manuel Araya, para quem Neruda foi assassinado, não tendo morrido de cancro, como diz a versão oficial.
Quase 40 depois da morte, a denúncia do ex-motorista de Neruda, Manuel Araya – segundo quem o poeta pode ter sido envenenado enquanto estava internado num hospital – alimentou uma acusação apresentada pelo Partido Comunista, e finalmente a investigação anunciada hoje.