Nos últimos anos de gestão de direita, os farenses pagaram mais 69% de IMI. Os números foram avançados pelo presidente do PS Faro, Luís Graça, defendendo que “com o PSD na Câmara Municipal de Faro registou-se um brutal aumento dos impostos sobre os farenses”.
De acordo com os dados apresentados por Luís Graça, no total a Câmara Municipal de Faro arrecadou mais 22 milhões de euros comparativamente com o arrecadado em 2010, por força da fixação das taxas máximas de IMI sobre os farenses. Estas, em 2013, aumentaram 20% face ao praticado pelo último executivo socialista, acrescido do coeficiente de localização também fixado pela Câmara de Faro no valor máximo e das reavaliações do património.
“Nunca como nos últimos anos foram cobrados tantos impostos sobre os farenses, o que levou a Câmara de Faro a apresentar este ano mais de cinco milhões de euros de excedente orçamental. Apesar de todas as dificuldades económicas e sociais das populações e dos empresários, comprovadas pela estagnação da comparticipação municipal em IRS e na Derrama em IRC, a coligação PSD/CDS manteve a sua opção politica de tudo fazer para continuar a cobrar a taxa máxima de IMI, que em 2013, coincidindo com inicio deste mandato autárquico subiu ainda mais 20%”, explicou o líder do PS local.
Luís Graça frisa ainda que o saldo recentemente incorporado no Orçamento Municipal “comprova o que os autarcas do Partido Socialista sempre defenderam: o Município de Faro não tinha em 2009 um problema financeiro estrutural”.
Segundo o presidente do PS Faro, a coligação PSD/CDS-PP “recorreu a um plano de reequilíbrio em detrimento de um plano de saneamento por puro oportunismo político, quando outros municípios, com dívidas superiores a Faro, recorreram a planos de saneamento financeiro para não penalizarem os seus munícipes com elevados impostos”.
“Em Faro a coligação de direita preferiu exagerar nas dificuldades financeiras para obrigar os munícipes farenses a pagar impostos máximos transformando a câmara numa agencia de eventos, festas e propaganda eleitoral com as verbas do IMI cobradas a todos”, acrescenta Luís Graça.
O líder dos socialistas farenses exorta o atual executivo a “mudar de rumo”, “renegociar os termos do plano de reequilíbrio financeiro” e “baixar os impostos municipais sobre as pessoas, fazendo regressar população que hoje opta por residir e deslocar-se dos municípios vizinhos e atrair novos investimentos”.
Luís Graça recorda ainda que a Câmara de Faro, já com a permissão deste governo socialista, pode voltar a contratar novos recursos humanos para as escolas e renegociar o PAEL, amortizando divida de longo prazo. “Foi uma alteração significativa à política de direita no governo que deve ser, agora, seguida localmente”, considera Luís Graça.
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