Mãe que lançou filhos ao Tejo detida pela Judiciária

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A Polícia Judiciária deteve a mulher de 37 anos que entrou com as duas filhas nas águas do Tejo. As autoridades ainda não a tinham interrogado por considerarem que “não se encontrava ainda em condições psicológicas” para prestar um depoimento sobre o que se passou na noite de segunda-feira na praia de Caxias, em Oeiras.

Em comunicado, a Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, e em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, refere que “procedeu à detenção de uma mulher, com 37 anos de idade, por fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio”.

Ainda segundo a PJ, a suspeita “será presente, hoje, a primeiro interrogatório judicial, para eventual aplicação de medidas de coação”.

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A mulher encontrava-se internada no Hospital Amadora/Sintra. Na segunda-feira à noite tinha sido retirada da praia de Caxias depois de ter entrado com as duas filhas na água.

O corpo da criança mais nova, de 19 meses, foi encontrado na noite de segunda-feira. Já o corpo da menina de 4 anos continua a ser procurado pelas autoridades marítimas, que esta manhã alargaram o perímetro nas águas do Tejo. As buscas vão ser alargadas para as margens do rio, depois de não ter sido encontrado nenhum vestígio perto da zona rochosa onde têm incidido as buscas.

A PSP montou em novembro do ano passado um plano de segurança para proteger a mulher, vítima de violência doméstica, que segunda-feira se atirou ao Tejo com as duas filhas, de 19 meses e 4 anos. A mãe tinha apresentado queixa contra o marido, que acusou de abusar sexualmente das meninas.

Em declarações ao Expresso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece que “foi instaurado, em finais de novembro, um inquérito onde se investigam factos suscetíveis de integrarem os crimes de violência doméstica e de abuso sexual de crianças”, depois de a mulher, de 37 anos, ter apresentado queixa contra o marido, de quem estava atualmente separada. A queixa de violência doméstica foi, na altura, corroborada por uma comunicação do Hospital Amadora-Sintra, onde a mãe das crianças terá sido assistida.

“No âmbito deste inquérito, foi proposta à denunciante a teleassistência, tendo sido elaborado um plano de segurança” para proteger a mulher, adianta a PGR, sem revelar mais pormenores do caso, que se encontra em segredo de justiça.

Hugo Franco (Rede Expresso)

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