Mensagem de Cavaco foi “um discurso defensivo de fim de mandato”

ouvir notícia

.

No seu comentário habitual na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa analisou este domingo a mensagem de ano novo do Presidente da República, dirigida ao país no passado dia 1 de janeiro, considerando que “foi um discurso defensivo de fim de mandato”.

O comentador argumentou este domingo que Cavaco Silva foi “prudente” e “sensato”, mas que a mensagem foi um “bocadinho desapontante”. Na sua opinião, o Presidente “reduziu” a mensagem à ideia dos 40 anos de democracia, à saída da troika “com sinais positivos” e à realização de eleições este ano. “Foi uma mensagem muito curta, muito centrada só nas eleições.”

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu, no entanto, que Cavaco “disse coisas sensatas e inquestionáveis”, concordando com a ideia de se evitar “radicalização em excesso” e “populismo” em ambiente eleitoral.

- Publicidade -

Sobre as eleições, Marcelo sustenta que o PS “está a marcar a iniciativa política”, ao contrário da coligação, criticando a expressão que Paulo Portas usou na sua mensagem de ano novo aos militantes do CDS, na qual diz estar “disponível e empenhado numa renovação da maioria”.

O comentador diz que “renovar a maioria é curto”. “Não basta o discurso de termos herdado um país desfeito, à beira do caos e pusemo-lo equilibrado, e só por isso merecemos continuar.” “Falta iniciativa política, falta discurso mobilizador”, acrescentou.

A propósito das Presidenciais de 2016, o ex-líder do PSD defendeu que a “altura adequada” para António Guterres apresentar a sua candidatura é o mês de novembro, não considerando que seja muito tarde em termos de campanha. “Ele precisa de fazer campanha para quê? Tem uma notoriedade que não precisa de campanha.”

Duas fases na governação de Jardim

Numa análise dos principais eventos da última semana, Marcelo fez ainda referência à substituição de Alberto João Jardim na Madeira, lembrando existirem duas fases distintas nos 36 anos em que foi governante. “24 anos foram francamente bons”, afirmou, argumentando que Jardim criou a classe média na Madeira, mas que depois esse classe “se cansou dele”.

“Depois teve 12 anos finais penosos, porque ele não soube sair a tempo. Demorou tempo demais a sair. Quem sai tarde demais sai aos empurrões. E ele não merecia sair assim”.

Marcelo diz que Miguel Albuquerque, sucessor de Alberto João Jardim, tem um estilo “mais urbano, fechado e intelectual”, e mantem “um óptimo relacionamento” com Passos Coelho. “As relações [da Madeira com o continente] vão melhorar porque havia ali uma tensão.”

RE

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.