O Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que assumiu o poder político do país após a renúncia do ex-líder Hosni Mubarak, comprometeu-se este sábado, em comunicado, a “transferir pacificamente o poder, no marco de um sistema democrático, a uma autoridade civil”.
Num discurso na televisão, o porta-voz do Conselho leu um comunicado – o quarto divulgado nas últimas 48 horas – no qual indica que os militares pedem ao atual executivo e aos governadores do país que realizem as suas funções “até a formação de um novo governo”.
A nota aborda, em seis pontos, as próximas atuações do Conselho Supremo das Forças Armadas, que comanda o país desde a renúncia de Mubarak na sexta-feira, anunciada pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman.
“O Conselho almeja a transferência pacífica do poder, no marco de um sistema democrático livre, a uma autoridade civil escolhida para governar o país e construir um estado democrático e livre”, expressa o quarto ponto do comunicado lido pelo porta-voz.
O texto também reafirma o “compromisso da República Árabe do Egito com todos os acordos e tratados regionais e internacionais”. A cúpula militar destaca ainda a sua “confiança na capacidade, nas instituições e no povo do Egito para superar as delicadas circunstâncias atuais”.