O novo caso positivo de COVID-19 que foi divulgado ontem pela Direção-Geral de Saúde, através do boletim diário, “está em estudo” e trata-se de “uma pessoa com alguns contactos socias”, revelou a delegada de saúde regional, Ana Cristina Guerreiro.
Até ao momento já foram identificados “20 contactos próximos” deste caso “bastante recente” e “agora é o trabalho da saúde pública. Identificar, testar e separar os que têm risco isolado”, referiu a responsável na conferência de imprensa quinzenal da Comissão Distrital de Proteção Civil de Faro.
O Algarve mantém uma situação “tranquila” no número de casos de COVID-19, com um aumento no número de recuperados, apesar do novo infetado no concelho de São Brás de Alportel, que não registava casos há várias semanas.
“Tivemos duas semanas um pouco mais tranquilas porque estamos numa fase em que nitidamente diminuem o número de casos novos e aumentam os recuperados” afirmou.
Segundo Ana Cristina Guerreiro, todos os “focos de preocupação estão em fase de estabilização”, sendo consideradas “boas notícias” o facto de os últimos testes efetuados “a quatro utentes considerados positivos” do lar de idosos de Boliqueime terem “resultado inconclusivos”.
Nos focos de COVID-19 entre as comunidades rurais com migrantes na região, a situação “tem vindo a negativizar”, sublinhou, tendo entrado, agora, “numa fase de redução e tendência para a sua solução concreta”.
A responsável informou que já “foram testados todos os lares de idosos”, num total de 105 entidades e 5892 testes, assim como “os funcionários das creches” que abriram esta semana e “metade dos funcionários” das unidades de cuidados continuados, “sem qualquer caso positivo”.
O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, revelou que em relação aos profissionais de saúde, dos 20 que testaram positivo, desde o começo da pandemia, “18 já recuperaram” e apenas dois “se mantêm positivos há um mês”, no que classificou como “casos prolongados e atípicos”.
Paulo Morgado informou que o Algarve “vai participar no inquérito serológico nacional” cujo objetivo é a “avaliação à imunidade a várias outras doenças” e que “também incluiu a COVID-19”, um estudo que considera “credível”.
Questionado pelos jornalistas sobre as medidas com vista à segurança dos clientes da hotelaria, Paulo Morgado afirmou “não fazer sentido” testar diariamente os funcionários, devendo ser implementadas medidas preventivas, “como a medição de temperatura, o distanciamento social e utilização de máscara”.
Em relação à abertura da época balnear e à frequência das praias, o presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Faro, António Pina, adiantou que os municípios “têm vindo a trabalhar nesta questão” e que, “durante esta semana”, irão fazer as suas reuniões internas e com as autoridades policiais, nomeadamente, a Polícia Marítima, e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Não querendo apontar soluções, António Pina, referiu que as mesmas “terão de ser enquadradas” nas normas definidas pelo Governo, sendo necessário “afinar com os concessionários o que é possível implementar”.
Como exemplo, apontou a possibilidade de haver “assistentes de praia, sempre numa atitude de prevenção e não de repressão”.