Número de famílias endividadas mantém-se elevado no Algarve

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Contratos a termo, vencimentos baixos e desemprego são as principais causas do sobre-endividamento na região

A situação das famílias algarvias não melhorou em 2016 e os pedidos de ajuda para pagar dívidas continuam a preocupar os responsáveis da delegação regional da Deco. As condições precárias de trabalho que se perpetuam na região, principalmente no setor privado, são a principal causa apontada pela associação de defesa do consumidor

Aos 72 anos, Maria (nome fictício) viu a sua vida andar para trás no início deste ano. A septuagenária teve a sua reforma penhorada, bem como a casa onde mora, porque era fiadora do filho. O jovem não cumpriu o pagamento de um empréstimo ao banco, porque caiu no desemprego, e a família foi forçada a recorrer ao Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS) da Deco, um caso que está longe de ser único…

Só em 2015 – apurou o JA – a delegação do Algarve da associação de defesa do consumidor recebeu cerca de 1.300 pedidos de ajuda para resolver uma situação de sobre-endividamento na região.

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A maioria são famílias sem dinheiro para pagar contas básicas ou recorrer a tratamentos médicos, sendo que nos casos mais graves há mesmo processos motivados por ações de despejo e penhoras de rendimentos e de bens. E a situação está longe de melhorar: “Constatamos que, no primeiro semestre de 2016, o número de famílias sobre-endividadas que solicitam auxílio junto da delegação não registou uma melhoria, sendo certo que o número de pedidos de ajuda foi idêntico ao registado em 2015”, referem os responsáveis da Deco no Algarve…

(Notícia completa na última edição do JA – dia 4 de agosto)

Nuno Couto | Jornal do Algarve

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