Os casos de Joana e Maddie provocaram uma onda de choque e consternação. Chegaram mesmo a parar o país. A menina de oito anos desapareceu da Figueira (Portimão), em 2004, enquanto a criança britânica tinha três anos quando desapareceu, em 2007, a cerca de 15 quilómetros de distância, na Praia da Luz (Lagos). Em ambos os casos, as investigações foram inconclusivas, mas apontaram pistas para o que terá acontecido. Ainda assim, as duas meninas nunca foram encontradas vivas ou mortas…
Estávamos no dia 22 de novembro de 1990 quando foi encontrado o corpo de uma menina britânica num pinhal, perto do empreendimento de Vale Navio, em Albufeira, onde a criança de nove anos vivia com a mãe. Rachel Charles estava desaparecida há três dias. No entanto, depois de encontrado o corpo, as investigações levaram à prisão e condenação de um mecânico, também britânico, que era amigo da família. Pelo meio, o infanticida chegou a fazer um telefonema a solicitar o pagamento de um resgate em troca da criança. Neste caso, ficou claro quem foi o culpado e o motivo deste crime.
Já as investigações aos últimos assassinatos mediáticos de crianças na região de Algarve – os casos de Joana Cipriano e Madeleine McCann – não foram tão fáceis de resolver, já que os corpos nunca foram encontrados.
No caso de Joana, a menina de oito anos que desapareceu no dia 12 de setembro de 2004, na aldeia da Figueira, concelho de Portimão, a mãe e o tio foram condenados pelo crime. Leonor Cipriano cumpriu cerca de 14 anos (cinco sextos da pena) e saiu em liberdade condicional, na semana passada, da prisão de Odemira, enquanto o irmão deverá sair no próximo mês de março, da cadeia da Carregueira, em Sintra.
Já no caso de Maddie – a criança britânica de três anos que desapareceu sem deixar rasto num aldeamento turístico da Praia da Luz, no concelho de Lagos, a 3 de maio de 2007 –, os culpados pelo sequestro e eventual assassinato nunca chegaram a ser conhecidos, apesar de as investigações da Polícia Judiciária terem incluído na lista de suspeitos amigos da família e os próprios pais de Maddie.
Ou seja, em ambos os casos, as investigações criminais foram inconclusivas, mas apontaram pistas para o que terá acontecido. Num caso, levou ao julgamento e detenção dos culpados, no outro, ainda ninguém “pagou” pelo desaparecimento da criança.
Contradições, dúvidas e interrogações
Embora o corpo de Joana nunca tenha sido encontrado, as provas recolhidas e dadas como provadas em tribunal apontaram a mãe e tio da criança como implicados no seu desaparecimento e na alegada morte da menina…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 14 DE FEVEREIRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve