Onze praias do Algarve perdem galardão “Qualidade Ouro” atribuído pela QUERCUS

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Um total de 76 praias algarvias receberam este ano o galardão Qualidade de Ouro, o que significa a perda de 11 praias face ao ano passado, anunciou a associação ambientalista Quercus, que revelou a atribuição de 381 prémios congéneres a nível nacional.

Aqueles prémios são atribuídos a praias cujas águas e areias tenham tido uma qualidade de nível excelente, sendo mais exigente do que a legislação em vigor, nomeadamente aquela em que se baseiam os critérios de entrega das Bandeiras Azuis.

AO JORNAL DO ALGARVE, o dirigente da Quercus Pedro Santo disse que a perda de 11 praias relativamente ao verão anterior se deve em parte ao aparecimento de uma maré vermelha provocada por milhões de microalgas dessa cor, entre a Ilha do Farol, no concelho de Faro, e a praia da Falésia, no concelho de Albufeira, na semana de 17 a 23 de julho de 2019.

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“Um dos critérios para a atribuição do galardão é precisamente a praia em causa não ter estado interditada durante o ano em causa”, esclareceu Pedro Santos, sublinhando que, só em Albufeira houve interdição nessa semana em cinco praias, a que se juntaram 10 praias no concelho de Loulé. A essas, juntaram-se a ilha do Farol, Deserta e praia de Faro, num total de quase duas dezenas de praias.

O facto de esse número ser maior do que o da diferença entre as praias galardoadas o ano passado e este ano é explicável, segundo Pedro Santos, pelo facto de outras praias, que antes não tinham “Qualidade Ouro”, terem passado a ter.

“Estamos a falar da diferença entre o número de praias premiadas em dois anos consecutivos, pelo que, se saíram quase vinte e mesmo assim essa diferença são 11, é porque entraram outras que não eram galardoadas”, explicitou o dirigente da Quercus.

A mancha em causa foi provocada por um tipo específico de algas, os dinoflagelados, que pertencem ao plâncton marinho e que podem viver também em água doce, explicou na altura a Agência Portuguesa do Ambiente, avisando que a mancha é “potencialmente perigosa para a saúde pública”.

Este ano, no total das praias algarvias que levam o prémio, Albufeira lidera o ranking, com 18 areais, seguida de Vila do Bispo (11), Aljezur (8) e Lagoa (8), Portimão (7), Silves, Olhão e Tavira (4 cada), Lagos, Faro, Castro Marim e Vila Real de Santo António (3 cada).

De acordo com o comunicado da associação ambientalista, das 381 praias galardoadas, 321 são praias costeiras, 54 são praias interiores e 6 são de transição. Em comparação com o ano de 2019, apesar de existir um aumento global de 6 galardões, verificou-se uma diminuição no número de praias costeiras e de transição.

Neste aspeto particular, a Quercus releva a diminuição de atribuições do galardão “Qualidade de Ouro” a praias costeiras pelo segundo ano consecutivo, num total de menos 20 galardões. Por outro lado, verifica-se uma forte subida de atribuições nas praias interiores, com mais 14 distinções.

Analisando por regiões, e de acordo com a tabela anexa ao gráfico, verifica-se que a Região Tejo e Oeste voltou a ser a que contabilizou mais praias com “Qualidade de Ouro (102), seguida do Região do Algarve (76) e da Região Norte (66). Em comparação com o ano de 2019, na Região Tejo e Oeste verificou-se uma subida de 12 atribuições deste galardão. Já as Regiões do Algarve e do Norte tiveram uma diminuição de 11 e 8 Bandeiras Qualidade de Ouro, respetivamente.

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