A JSD entrou em ação nas ‘manifs’ anti-governo. Passos foi recebido na faculdade de Direito de Lisboa com insultos. Marcelo esteve ao lado do primeiro-ministro.
Dezenas de estudantes receberam e despediram-se ruidosamente do primeiro-ministro à chegada e saída deste para uma intervenção na Faculdade de Direito de Lisboa. A JSD entrou pela primeira vez em ação, em defesa de Passos Coelho. E Marcelo Rebelo de Sousa, histórico professor daquela casa, esteve ao lado de Passos no meio do aperto de estudantes aos gritos.
Passos Coelho compareceu no local para encerrar o “Debate de Uma Geração – Reforma do Estado”, promovido pela JSD nacional. O protesto atrasou o início da intervenção do primeiro-ministro e teve segunda edição quando Passos com muita dificuldade e rodeado de entre 30 a 40 seguranças, segundo testemunhou o Expresso no local, abandonou a cidade universitária por entre gritos de “gatuno” e “está na hora do Governo se ir embora”.
A saída de Passos pela entrada principal da faculdade foi também facilitada pela intervenção de um segundo cordão de segurança formado por elementos da juventude partidária social-democrata.
Durante toda a ação, os contestatários exibiram ainda um coelho morto pendurado numa corda e movimentado com a ajuda de uma vara.
Um estudante presente no local, que pediu o anonimato, disse ao Expresso que “a confusão se instalou e alguns alunos foram proibidos de entrar na sala”. As imagens televisivas em direto mostraram os manifestantes no exterior do anfiteatro, barrados por elementos da segurança do primeiro-ministro, fardados e à paisana, que já tinham passado o dia no local a precaverem-se contra uma previsível manifestação hostil a Passos Coelho.
No exterior, junto à reitoria, encontravam-se estacionadas pelo menos três carrinhas da polícia de intervenção.
“Governo da precariedade não tem legitimidade”, “Queremos mais educação”, “Ó Relvas deixa-me trabalhar” foram algumas das frases exibidas.
No debate participaram também, anteriormente, o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus, Miguel Morais Leitão, e o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, mas esta dupla de elementos do governo escapou incólume.
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