Foi há 12 anos que o ex-ministro Miguel Relvas inaugurou o novo edifício da Câmara de Lagoa e deixou a sua marca na placa comemorativa. O problema é que o “doutor” apenas concluiu a licenciatura três anos mais tarde e mesmo essa foi anulada pelo tribunal. Em declarações ao JA, o presidente da Câmara de Lagoa não está preocupado, embora admita que tem sentido retificar o que deixou de ser verdade.
Foi uma das polémicas que marcou o governo de Passos Coelho: Miguel Relvas, ministro de Estado e de Assuntos Parlamentares, terá concluído a licenciatura na Universidade Lusófona em condições incomuns, a tal ponto que viu mesmo um tribunal retirar-lhe o grau académico (embora ainda haja hipótese de decisão cair com recurso).
Agora, o blogue Má Despesa Pública – que há anos se dedica a expor alguns negócios do Estado – lançou uma campanha destinada a corrigir as placas de inaugurações feitas um pouco por todo o país pelo ex-ministro Miguel Relvas que o apelidam de “doutor”, depois de o antigo governante do PSD ter perdido a licenciatura que lhe tinha sido dada pela Universidade Lusófona no final de abril.
Em Lagoa, há uma placa à entrada do edifício da câmara municipal a recordar que “sua excelência o secretário de Estado da Administração Local, dr. Miguel Relvas” por ali passou a 16 de janeiro de 2004 (quando ainda nem sequer estava licenciado). Oficialmente, Relvas apenas concluiu a licenciatura em 2007…!
“As abundantes placas de inauguração que pululam pelo país dos tempos em que o senhor Miguel Relvas era secretário de Estado da Administração Local precisam de ser corrigidas. Algo que tape o ‘dr.’ basta de forma a que seja reposta a verdade”, lê-se na publicação do Má Despesa Pública.
“Deveria ser o próprio a solicitar a correção”
Em declarações ao JA, o presidente da Câmara de Lagoa, Francisco Martins, que só assumiu a presidência em outubro de 2013, não se mostra preocupado, embora admita que tem sentido retificar o que deixou de ser verdade: “Esta placa vem de trás, não fui eu que a coloquei. Por isso, não vou corrigir nada para já. Acho que deveria ser a própria pessoa a solicitar que retirassem o doutor. Mas não é assunto que me preocupe”, reage o autarca, que não percebe por que motivo os títulos académicos constam quase sempre deste tipo de distinções solenes.
“Quando cheguei à presidência da autarquia acabei com os títulos. A minha placa não tem títulos, nem as da minha vereação. Todos temos formação superior, mas aqui não há doutores ou engenheiros”, salienta.
Segundo Francisco Martins, a nova orientação da câmara municipal nestes casos é colocar apenas o título nas placas de inauguração “se as pessoas em causa fizerem questão”. “Felizmente, as mentalidades estão a mudar e estamos a perder essas manias”, remata o autarca.
Nuno Couto | Jornal do Algarve
O que o patife e impostor merecia era a simples retirada das placas, já que o seu nome só emporcalha o sítio onde estiver.
Sinceramente que não consigo compreender essa coisa de chamarem dotoures a qualquer caga-tacos que aparece na política e depois como governante.
Chega de fantochadas !
Esta gentinha quando nasceu, os pais deram-lhes um nome como por exemplo: — André Lopes…..João Pestana…..etc, etc, etc !!!
Depois ainda têm o descaramento de conseguir estes mestrados como eles dizem, numa semana ou então aos domingos.
Porra que é demais !
Um doutor é um médico e o resto é palhaçada deste amontoado de gente que nunca fez nada na vida.
Porque é que não chamam a um serralheiro…….Senhor Serralheiro João Joaquim ou….. Senhor Pedreiro Ataide ou……Senhor Calceteiro Pedro António ?
Pronto…..não aceito estas merdas !