A polícia mexicana disse hoje ter encontrado oito cabeças humanas nas imediações da cidade de Durango, no norte do país, que tem sido nos últimos meses palco de confrontos entre cartéis de droga.
As autoridades mexicanas ainda não identificaram as vítimas nem encontraram os corpos, mas disseram que se tratam de homens com idades entre os 25 e os 30 anos.
A polícia recebeu algumas pistas de anónimos sobre a localização das cabeças, que foram, porém, encontradas na rua por varredores.
A comissão mexicana dos Direitos Humanos apelou também hoje à intervenção do Governo para se desenvolverem trabalhos de busca de quatro jornalistas mexicanos – dois cameramen do canal Televisa, uma jornalista do canal de televisão Multimedios e outra do jornal El Vespertino -, que estão dados como desaparecidos desde segunda feira na região de Durango.
“A falta de investigação aos ataques a jornalistas torna-os mais vulneráveis no seu trabalho”, defendeu a comissão num comunicado.
O organismo disse que os jornalistas desaparecidos foram “raptados”, uma táctica frequentemente utilizada pelos gangues de droga, que costumam forçar a entrada das vítimas em veículos.
As autoridades mexicanas disseram que alguns polícias que trabalham numa prisão da cidade de Durango permitiram que alguns dos presos que pertencem a cartéis de droga saíssem da prisão temporariamente, dando-lhes armas e veículos.
Pelo menos sete jornalistas foram mortos no México este ano e muitos recebem ameaças de cartéis de droga.
No fim-de-semana, as autoridades mexicanas encontraram também 51 corpos numa lixeira nos arredores da cidade de Monterrey (norte), um dos maiores cemitérios clandestinos nas guerras da droga no país.
Em Maio, as autoridades descobriram uma vala comum na cidade de Taco, no sul do México, onde estavam 55 corpos numa mina abandonada.
Desde que o governo mexicano lançou uma ofensiva contra o narcotráfico, no final de 2006, já morreram quase 25 mil pessoas, em violência relacionada com o tráfico de droga.
