A circulação diária de um veículo na Via do Infante, autoestrada que liga Lagos a Vila Real de Santo António, onde a partir de 15 de abril serão cobradas portagens, poderá ter um custo mensal superior a 395 euros. Para muitas empresas da região, o impacto da introdução de portagens na Via do Infante (A22) será arrasador, mesmo com os descontos previstos para os residentes.
A contagem decrescente para a introdução de portagens na Via do Infante está em marcha. Até 15 de abril, deverão estar colocados os dez pórticos na estrada que atravessa todo o litoral da região e começarão a ser cobradas portagens, que terão um custo médio de oito cêntimos por quilómetro.
O JA fez as contas e chegou à conclusão de que, tendo em conta a extensão da Via do Infante, todo o percurso custará cerca de nove euros (8,97 euros). Ou seja, uma viagem de ida e volta passará a custar 17,94 euros!
Continuando a fazer as contas, um condutor que circule diariamente nesta estrada, a partir de 15 de abril, poderá ter de desembolsar 394,68 euros. E isto contabilizando apenas 22 dias de trabalho mensal!
A verdade é que estes cálculos não são fáceis de fazer, porque dependem do tráfego e das rotas que cada condutor utiliza com mais frequência. Mesmo assim, estes dados já dão uma ideia do impacto que a introdução de portagens vai ter na vida da população e das empresas algarvias, que já se vêm confrontadas com o aumento do preço dos combustíveis e uma crise no turismo que está a elevar o desemprego para níveis nunca antes vistos.
Com as portagens, a situação tenderá a piorar ainda mais, principalmente para aqueles que utilizam a Via do Infante de uma forma mais intensiva…
(Toda a reportagem na edição em papel do Jornal do Algarve – dia 10 de março)