Portugal Masters: Nino Bertasio lidera, Ricardo Santos o melhor português

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O transalpino, de 30 anos, concluiu a ronda inaugural no traçado de Vilamoura (Par 71) do Portugal Masters sem cometer qualquer erro e entregou um cartão com 61 pancadas, graças a dez ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 2, 5, 7, 8, 12, 13, 14, 15, 17 e 18, registando dez ‘shots’ abaixo do Par.

Nino Bertasio lidera com uma vantagem de quatro pancadas sobre o espanhol Adri Arnaus, segundo classificado isolado, à frente de Gavin Green, da Malásia, que fechou os primeiros 18 buracos com 66 ‘shots’.

Entre os seis portugueses em prova, que este ano volta a decorrer de porta aberta ao público, Ricardo Santos foi o melhor, ao ser o único a jogar abaixo do Par, com 70 pancadas, logo seguido de Vítor Lopes, Tomás Gouveia e Pedro Figueiredo, que não perderam nenhuma pancada para o campo na estreia.

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Nino Bertasio alcança melhor resultado da carreira

O italiano assinou ontem o melhor resultado da carreira, com 61 pancadas, 10 abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course, para alcançar o comando da 15.ª edição do Portugal Masters.

Com uma exibição de alto nível e isenta de ‘bogeys’, o transalpino registou quatro ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 2, 5, 7 e 8, antes de completar os últimos sete buracos com seis abaixo do Par, na sequência de ‘birdie’ no 12, 13, 14, 15, 17 e 18.

Apesar do vento e dos ‘greens’ rápidos, que dificultaram a tarefa dos 107 golfistas presentes na prova portuguesa do European Tour, Bertasio conseguiu lidar bem com as condições e conquistou uma vantagem de quatro ‘shots’ sobre o espanhol Adri Arnaus, também à procura, tal como o italiano, do primeiro título no Circuito Europeu.

“Não esperava fazer 61, mas tenho jogado bem. Patei muito bem hoje e tudo se encaixou. Vamos ver o que acontece amanhã [sexta-feira]. Vou tentar divertir-me, tenho uma boa formação com o Sam Horsfield e o Julian Suri, e hoje foi muito divertido”, avançou o líder, reconhecendo ainda ter “iniciado muito bem, com um ‘birdie’ no buraco 2, e ter começado depois a fazer bons ‘putts’.”

Ao contrário dos antigos campeões Padraig Harrington e Lucas Bjerregaard (2016 e 2017, respetivamente), que protagonizaram uma boa exibição no regresso ao Algarve, ambos com 67 ‘shots’, quatro abaixo do Par, o sul-africano George Coetzee não foi tão feliz a defender o título e, após as 70 pancadas iniciais, partilha a 31.ª posição do ‘leaderboard’ com outros 19 jogadores.

Ricardo Santos lidera boa estreia de profissionais portugueses

Ricardo Santos foi o único profissional português a jogar abaixo do Par no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, mas Vítor Lopes, Tomás Gouveia, Pedro Figueiredo e Filipe Lima também tiveram uma boa estreia no Portugal Masters.

Num dia em que o sol brilhou e o vento soprou, o traçado de Par 71 e ‘greens’ rápidos foi um desafio algo inesperado para os 107 jogadores que estão a disputar a 15.ª edição do Portugal Masters, torneio do European Tour.

A armada nacional, ainda assim, não comprometeu as expetativas e manteve em aberto a manutenção em prova, que será decidida sexta-feira, dia de apurar os 65 melhores e empatados para os derradeiros 36 buracos.

Na primeira volta o melhor foi Ricardo Santos, o único português a garantir o acesso direto ao torneio dotado de 1,5 milhões de euros em prémios monetários e, este ano, novamente aberto ao público, após as restrições impostas em 2020, devido à pandemia de covid-19.

Com um primeiro ‘score’ de 70 pancadas, uma abaixo do Par, o algarvio colocou-se na 31.ª posição do ‘leaderboard’, empatado, depois de anotar dois ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 2 e 12 e um ‘bogey’ (uma acima) no 5.

“Não tive grandes oportunidades para ‘birdie’ e as que tive concretizei. Cometi um erro no buraco 5, foi pena, mas acho que foi único durante a volta. No buraco 4 dei um bom ‘drive’, não executei o melhor ‘shot’ ao ‘green’, fiz Par e no 5 acabei por fazer três ‘putts’ para ‘bogey’. Tirando isso, não consegui ter muitas oportunidades e a verdade é que os buracos mais difíceis estavam com vento contra, o que complica um bocado”, comentou no final o jogador natural de Faro.

Ricardo Santos chegou a estar com duas abaixo do Par até ao buraco 13, mas, apesar de ter perdido um ‘shot’, ficou “satisfeito com o resultado” final e com a forma como geriu o jogo, que o coloca dentro do ‘cut’ provisório, fixado nas 72 pancadas (+1).

Não tão felizes quanto o algarvio, Vítor Lopes, Tomás Gouveia e Pedro Figueiredo, todos com o Par do campo no final dos 18 buracos, colocaram-se igualmente em boa posição para assegurar a continuidade em prova.

“Não foi um dia famoso, mas também não foi uma volta má. Estive bastante consistente do ‘tee’ ao ‘green’, falhei alguns ‘putts’, não fiz muitos ‘birdies’ e fiz um ‘chip in’ [buraco 8]. Não concretizei muito as oportunidades, mas, ainda assim, acho que foi uma volta minimamente sólida e que me dá confiança para amanhã [sexta-feira]”, afirmou Figueiredo, que está a jogar no Victoria Golf Course pela manutenção no European Tour na próxima temporada.

Além de reconhecer que, neste momento, “o maior desafio são os ‘greens’ rápidos”, Figueiredo está confiante numa boa exibição, na sexta-feira, para se colocar “em boa posição para o fim de semana.”

Enquanto Vítor Lopes lembrou que com o Par do campo “não fica fora da corrida, depois de um dia muito sólido, mas em que podia ter feito melhor”, Tomás Gouveia defendeu ter jogado “bem, especialmente nos 11 primeiros buracos”, onde ‘patou’ bem, antes de cometer um erro no buraco 12, colocando a bola na água no segundo ‘shot’.

Apesar de ter “perdido um bocadinho da confiança, o Par do campo não é mau, não compromete e uma boa volta sexta-feira permite continuar a jogar no fim de semana”, acrescentou o irmão mais novo de Ricardo Melo Gouveia, o grande ausente português do Portugal Masters, que está a jogar, esta semana, a grande final do Challenge Tour em Maiorca.

Filipe Lima, por sua vez, está no limite do ‘cut’ com 72 ‘shots’ e, apesar ter jogado pouco esta época, confessou ter sentido “boas sensações” e feito “uma volta muito sólida, só com dois erros”, num dia em que o amador Pedro Clare Neves foi o menos feliz entre os representantes nacionais, ao entregar um primeiro cartão com 78 pancadas (+7).

A 15.ª edição do Portugal Masters, dotada de 1,5 milhões de euros em prémios monetários, decorre até domingo e é o penúltimo torneio da temporada do European Tour.

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