PR pede acordo “até ao Orçamento de Estado”

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No discurso comemorativo do 10 de junho, Cavaco repetiu 16 vezes a expressão “coragem da esperança”

Cheirou a derradeira tentativa, o apelo que Cavaco Silva voltou a fazer aos agentes políticos para um entendimento alargado de médio prazo sobre a sustentabilidade das finanças públicas e as reformas para reanimar a economia. Desta vez, o Presidente apontou um prazo: “o tempo de diálogo até à preparação do Orçamento de Estado será o mais indicado”, afirmou, deixando os calendários de António José Seguro (primárias no PS no fim de setembro) sob pressão.

No discurso comemorativo do 10 de junho, o Chefe de Estado insistiu que “os desafios que temos diante de nós” exigem “uma cultura de compromisso” e avisou que “adiar mais tempo um entendimento alargado de médio prazo é um risco pelo qual os portugueses podem vir a pagar um preço muito elevado”. O ex-ministro socialista António Vitorino, um dos condecorados pelo PR nesta cerimónia, concordou com o Presidente: “o futuro vai exigir compromissos políticos”.

Cavaco Silva apontou 2014 como o ano que deu aos portugueses “o direito à esperança” mas avisou que esse direito exige “coragem”. No caso dos agentes políticos, a coragem de “adotar uma postura em que o supremo interesse nacional esteja acima dos interesses partidários”.

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Cavaco repetiu 16 vezes a expressão “coragem da esperança” e pediu aos portugueses que “exijam aos partidos” a mesma coragem que eles tiveram nestes três anos “duros”. O Presidente assinalou o virar de página, mas alertou que “há duas realidades que não podem ser iludidas”: o endividamento externo e a necessidade de continuar a garantir um equilíbrio das contas públicas.

“Temos que continuar atentos e vigilantes para não voltarmos a caír numa situação explosiva”, alertou o Presidente da República, porque “as incertezas que pairam sobre a nossa economia estão hoje mais dissipadas, mas não podemos esquecer as regras de disciplina orçamental a que todos os países da UE estão sujeitos”.

Cavaco pediu uma atenção especial aos que “têm mais dificuldade em fazer ouvir a sua voz”, sejam os “reformados e pensionistas, que fizeram os devidos descontos e cumpriram as leis da República, e não têm condições de voltar à vida ativa”, sejam os jovens” que têm direito à esperança”. O PR ainda pediu ao Governo que assuma “o combate ao desemprego como uma prioridade nacional”.

RE

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