Programa de redução de abandono no ensino superior atribuiu 10 ME este ano

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O Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior atribuiu, este ano, 10 milhões de euros (ME) para reduzir o abandono no ensino superior, revelou esta semana o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Na primeira fase do programa, financiado pelo Programa Operacional Capital Humano para instituições das regiões de convergência, foram financiadas 24 instituições de ensino superior, num montante total de 6,6 milhões de euros.

Já a segunda fase do programa, destinada a projetos de instituições das regiões de Lisboa, Algarve, Açores e Madeira com base em dotações do Orçamento do Estado, financiou candidaturas de mais 20 instituições de ensino superior públicas e privadas, num montante global de 3,7 milhões de euros.

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Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, estão ainda previstos mais 20 milhões de euros para financiar o Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior no contexto de Impulso + Digital, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Quatro destes 20 milhões de euros são para a conceção ou aquisição de sistemas informáticos de predição de abandono escolar.

Na sessão de abertura do III Seminário “Sucesso académico e prevenção do abandono no ensino superior”, que decorre durante o dia de hoje em Coimbra, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, destacou tudo o que tem vindo a ser feito com estes programas de promoção de sucesso e redução de abandono no ensino superior, admitindo, no enquanto, que “há também muito para fazer”.

“Estes programas não podem ser um instrumento de autossatisfação de quem tem responsabilidade no ensino. Estes programas têm de ser algo que conseguimos enraizar nos nossos docentes, estudantes e técnicos, para que mudem significativamente, transformem as instituições e o que fazemos do ponto de vista do ensino”, indicou.

Ao longo da sua intervenção, o governante frisou ainda a importância de se institucionalizarem este tipo de programas e orientações nas instituições de ensino superior.

“É muito importante que o que estamos a fazer não dependa do professor A ou B ou deste ou daquele reitor. É muito importante que o que estamos a fazer possa perdurar para além de mandatos ou de funções desempenhadas transitoriamente”, referiu.

Pedro Nuno Teixeira defendeu ainda que as instituições de ensino superior português devem dar, nesta década, um salto em termos de ensino, semelhante ao que foi dado na investigação.

“Há vários anos que estou convencido que o grande salto que temos de dar no ensino superior, nesta década, é exatamente em termos de ensino. Exatamente como o que fizemos em termos de investigação, nas décadas anteriores”, sustentou.

No seu entender, é necessário renovar a importância da missão do ensino nas instituições de ensino superior, com o ensino centrado nos estudantes.

“Um ensino que não coloque os estudantes no centro, que não os implique e responsabilize, é um ensino que necessariamente vai perdendo relevância e importância”, concluiu.

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