Responsáveis da LAM “chocados” com tese de suicídio do piloto

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Segundo os dados apresentados no sábado, o piloto teve a intenção de fazer cair o avião

A tese de suicídio do comandante do voo TM-470, cuja queda provocou 33 mortes, deixou “chocados” os responsáveis da companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

Isso mesmo fica expresso num comunicado da LAM, onde a companhia “manifesta a sua profunda preocupação e choque” quanto ao conteúdo da declaração divulgada pelas autoridades de investigação em relação ao inquérito em curso, alusivo à perda do voo TM-470, ocorrida a 29 de novembro.

“As LAM vão solicitar o relatório detalhado que evidencia e prova os factos conducentes e as conclusões preliminares da referida declaração e continuará a cooperar inteiramente com as autoridades de investigação”, lê-se no mesmo comunicado.

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A companhia não se pronunciou, no entanto, sobre a questão das indemnizações às vítimas do desastre, que, dada a tese de suicídio, poderão não ser ressarcidas pelas seguradoras da empresa.

No sábado, o presidente do conselho de administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, João Abreu, revelou que o comandante do voo TM-470, Hermínio dos Santos Fernandes, teve “a clara intenção” de fazer despenhar o aparelho Embraer 190.

Além dos sons dos diversos alarmes acionados automaticamente pelo avião, o responsável disse que se “ouvem insistentes batidas na porta da cabine, batidas essas” que terão “sido ignoradas” por Hermínio Fernandes.

As caixas negras terão também revelado que a altitude do voo foi alterada manualmente três vezes, de 38 mil pés (cerca de 11.500 metros) para 592 pés (cerca de 180 metros), antes do embate do aparelho com o solo.

Mafalda Ganhão (Rede Expresso)

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