Rússia em chamas. Área de incêndios continua a aumentar

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O Ministério para Situações de Emergência da Rússia anunciou hoje que nas últimas 24 horas registaram-se 800 fogos florestais, tendo os bombeiros conseguido apagar 247, estando a arder quase 200 mil hectares de mata.

Segundo esse ministério, 172.371 hectares de floresta continuam a arder nas zonas centrais da parte europeia da Rússia.

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As autoridades anunciam que, na época de incêndios de 2010, as chamas consumiram 648.555 hectares, mas os ecologistas da Greenpeace da Rússia falam em mais de três milhões.

Os meteorologistas prevêem um aumento da temperatura nas regiões afetadas pelos incêndios, podendo, em Moscovo, o mercúrio do termómetro subir acima dos 40 graus centígrados.

A inédita onda de calor que se faz sentir no país reflete-se também de forma negativa nas colheitas de cereais. O Ministério da Agricultura da Rússia baixou as previsões das colheitas de cereais para 72-78 milhões de toneladas, ou seja, uma queda de 20-26 por cento em comparação com o ano passado, quando foram colhidas 97,1 milhões de toneladas.

Este ministério, porém, considera que a Rússia continuará a exportar trigo.

São cada vez mais frequentes as críticas ao Governo de Vladimir Putin, que foi acusado de não ter preparado o país para o combate aos incêndios não obstante os serviços de meteorologia terem previsto um verão quente e seco.

Guennadi Ziuganov, presidente do Partido Comunista da Federação da Rússia, recorda, nomeadamente, que uma das causas dos incêndios foi a aprovação de um novo Código Florestal há três anos.

Este documento, assinado por Vladimir Putin, dividiu de forma pouco clara as funções de gestão e proteção das florestas entre o poder federal e os poderes regionais.

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