Sequestrador com fiança de 8 milhões de dólares

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Juíza decretou uma fiança que o suspeito do caso da “casa dos horrores”, em Cleveland, não pode pagar. Durante a audiência, Ariel Castro manteve-se calado e de cabeça baixa.

Ariel Castro já foi presente a tribunal pela suspeita de ter raptado e mantido cativas três mulheres durante mais de dez anos. Para aguardar o julgamento em liberdade, terá de pagar oito milhões de dólares (cerca de seis milhões de euros)

O ex-motorista de autocarros escolares esteve sempre algemado, a olhar para o chão e não disse uma palavra, no Tribunal Municipal de Cleveland, enquanto ouviu a juíza Lauren Moore estabelecer uma fiança de dois milhões de dólares (1,5 milhões de euros) por cada sequestro, incluindo o da filha, de seis anos, nascida durante o cativeiro.

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A casa de Castro “era uma prisão para aquelas três mulheres e para a criança. Hoje, a situação virou-se contra ele. O sr. Castro está aqui diante de vocês como um cativo, encarcerado, um prisioneiro”, ressalvou o procurador de Justiça Brian Murphy, citado pela agência Reuters.

Por seu lado, a advogada do acusado Kathleen DeMetz frisou que ele estava desempregado e não tem forma de pagar a fiança, dando assim a entender que Ariel Castro continuará detido.

Primeira aparição pública

Esta foi a primeira vez que o arguido, de 52 anos, foi visto desde a fuga das três mulheres, e não respondeu a qualquer questão da audiência. A juíza proibiu ainda Ariel Castro de tentar contactar qualquer uma das vítimas ou as suas famílias. Recaem sobre ele as acusações de quatro crimes de rapto e três de abuso sexual.

Dois irmãos de Castro, Pedro, de 54 anos, e Oneil, de 50, foram detidos como suspeitos de envolvimento no caso, mas não ficou provado que soubessem o que se passava no número 2210 da rua Seymor, em Cleveland.

A tia de Gina DeJesus, uma das sequestradas, falou hoje aos jornalistas e pediu mesmo que não associassem o comportamento de Ariel aos irmãos Pedro e Oneil. Ambos estão já em liberdade e assistiram à sessão de hoje no tribunal. Amanda Berry e Gina DeJesus passaram algum tempo no hospital local onde foram examinadas e estão agora junto das suas famílias. Quanto a Michelle Knight, continua internada.

Leonor Mateus Ferreira (Rede Expresso)
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