Silves: Cliente dos CTT acusa empresa de extraviar dezenas de encomendas

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Os CTT Correios de Portugal “não estão a querer assumir responsabilidade” e “raramente respondem” às reclamações feitas por um cidadão de Silves desde setembro do ano passado, na sequência do extravio de dezenas de encomendas, disse o queixoso ao JA.  

Em causa estão dezenas de encomendas que nunca chegaram ao destino, tendo o cliente já feito “seis ou sete reclamações”, às quais, queixa-se, raramente recebe resposta.   

Numa das poucas respostas que recebeu, os CTT referem que os envios foram entregues “um ano antes de os objetos terem sido enviados”, ou seja, duas encomendas enviadas pelo cliente em janeiro de 2020 foram supostamente entregues ao seu destinatário no mesmo mês do ano 2019, segundo os correios.  

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Segundo o leitor, quando solicitou mais informações à empresa recebeu provas de entrega por e-mail “com assinaturas iguais mas com datas diferentes”.   

Algumas das reclamações feitas pela fonte apenas são respondidas “quando ultrapassa o prazo de reclamar”, apesar das denúncias terem sido feitas “dentro dos dias legais” e conforme as provas que o cidadão admite ter consigo.  

“Tenho na minha posse comunicações dos CTT que provam que o apoio ao cliente não respeita a legislação, que as provas das entregas são falsificadas e que as respostas enviadas aos clientes são totalmente contraditórias e surrealistas”, refere a fonte.  

Já quando solicita informações acerca de uma determinada reclamação, os CTT respondem “que não possuem o registo” daquela queixa, apesar de o cliente asseverar que possui o documento que prova o contrário.  

Além de reclamações por e-mail, o cliente já denunciou este problema através do Livro de Reclamações online e não recebeu qualquer resposta até ao momento.  

Outra das poucas respostas vindas dos CTT foi um pedido de informações a ser enviado por fax ou carta. Já nos Correios de Silves, o número de fax do apoio ao cliente “não funciona e nunca funcionou”, segundo o relato de uma funcionária “que lá trabalha há vários anos”, revela a fonte ao JA.  

Em declarações ao JA, os CTT “esclarecem que responderam a todas as reclamações enviadas pelo cliente em tempo útil e seguindo todas as normas definidas pela empresa e pela legislação em vigor”. 

“Os CTT esclarecem também que o cliente reclamou no limite do tempo regulamentar e sem o envio de todos os dados necessários para realizar as averiguações no país de destino das encomendas, o que dificultou o processo”, refere a empresa. 

Os correios acrescentam que “relativamente aos objetos entregues um ano antes do envio tratou-se de um lapso na introdução da data no sistema” e que estão em contacto com o cliente “para efetuar todas as diligências que considerem necessárias para a conclusão deste processo”. 

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