Tsunami “invade” a costa

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Simulação do 'tsunami' gerado por um maremoto com epicentro a 165 quilómetros do Cabo de São Vicente

Um tsunami como o provocado pelo terramoto de 1755 está a ser simulado para testar o novo sistema de alerta do nordeste do Atlântico, envolvendo 19 países, entre os quais Portugal

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Um tsunami semelhante ao provocado pelo terramoto de 1755, com ondas que podem chegar aos nove metros de altura na ponta de Sagres, começou ontem a ser simulado nos computadores em rede dos centros de alerta de 19 países do nordeste do Atlântico, incluindo Portugal.

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Trata-se de um exercício chamado NEAMWave12, que se prolonga durante o dia de hoje, e o seu objetivo é testar pela primeira vez em simultâneo as comunicações e a capacidade de resposta das autoridades de proteção civil ou de gestão de emergência a um evento extremo deste tipo, no âmbito da criação do Sistema de Mitigação e Aviso Prévio de Tsunamis para o Nordeste do Atlântico e Mediterrâneo, patrocinado pela UNESCO, que estará operacional em 2013.

As comunicações serão testadas entre os países candidatos à instalação do futuro centro regional de alerta – Portugal, Grécia, Turquia e França – e vão ser utilizados quatro cenários de tsunami, um dos quais para o Atlântico Nordeste, que será gerido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recentemente criado, onde se integram as estruturas do Instituto de Meteorologia.

Este cenário procura reproduzir o tsunami desencadeado pelo terramoto de 1755, com epicentro a 165 quilómetros a sudoeste do Cabo de S. Vicente, na zona das falhas da Ferradura e do Marquês de Pombal, a 35 quilómetros de profundidade, e com uma magnitude estimada de 8,7 na escala de Richter.

Virgílio Azevedo (Rede Expresso)

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