Turismo: Primeiro hotel “Viceroy” da Europa vai nascer no interior do concelho de Loulé

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Os promotores apostaram numa arquitetura que recorda uma aldeia da serra algarvia

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Viceroy Ombria Resort avança no interior do Algarve, com hotel e 65 residências turísticas de luxo, e estará concluído em 2019. Construção começa esta sexta-feira depois da Comissão Europeia ter arquivado uma queixa dos ambientalistas

DOMINGOS VIEGAS

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A cerimónia de lançamento da primeira pedra do empreendimento turístico de cinco estrelas Ombria Resort realiza-se esta sexta-feira, às 11h00. Trata-se da primeira unidade que a cadeia de hotéis de luxo Viceroy Hotels & Resorts constrói na Europa e vai nascer a 8 quilómetros de Loulé, entre a Tôr e Querença.

A inauguração do Viceroy at Ombria Resort, com 76 quartos, e do Viceroy Residences at Ombria Resort, que inclui 65 residências turísticas, está prevista para o final de 2019.

O complexo hoteleiro da reconhecida cadeia americana de hotéis de luxo inclui ainda um ‘clubhouse’, um centro de conferências, cinco restaurantes, spa, ‘kids club’, um observatório astronómico, piscinas aquecidas, entre outras instalações de lazer e ‘fitness’.

O investimento total do projeto, nas três fases, irá ultrapassar os 260 milhões de euros, dos quais mais de 100 milhões de euros na primeira fase. O investidor é o Grupo Pontos, um fundo finlandês de ‘private equity’, que realizará este investimento com cerca de 60% em capitais próprios, o que representa um cenário relativamente singular para este tipo de projetos.

A cerimónia desta sexta-feira contará com as presenças de Ilpo Kokkila (Chairman do Grupo Pontos), Timo Kokkila (CEO do mesmo grupo), Anton Bawab (presidente regional do EMEA Viceroy Hotel Group), Ville Tallbacka (diretor do Ombria Resort), Júlio Delgado (CEO do Ombria Resort) e Vítor Aleixo (presidente da Câmara de Loulé).

Comissão Europeia arquivou queixa dos ambientalistas

A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) tinha apresentado uma queixa, em 2004, a qual levou a Comissão Europeia a abrir um processo de infração contra o Estado Português devido ao facto deste ter autorizado a construção de um empreendimento turístico que punha em causa “a preservação dos habitats naturais” e “a proteção das águas subterrâneas”.

Sete anos depois (em 2011), e após um longo processo de adaptação do projeto às exigências de Bruxelas, a Comissão Europeia decidiu arquivar a queixa. Na altura, a CE argumentou que o projeto Quinta da Ombria já não colocava em causa a integridade do Sítio Barrocal da Rede Natura 2000. Contribuiram para essa decisão as medidas de minimização de impactos ambientais propostas, mas também o facto de se tratar “do único empreendimento turístico previsto” para o interior do referido sítio de proteção ambiental.

No entanto, no mesmo documento, a CE sublinhou que se as condições definidas não vierem a ser respeitadas, poderá em qualquer momento abrir um novo processo de infração.

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