Verão no Algarve vai render pagamento extra a médicos

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É um tratamento preventivo para uma maleita habitual. O Governo está a preparar medidas para atrair médicos para unidades do Algarve durante os meses de verão, quando a falta de profissionais se agudiza face aos muitos portugueses e estrangeiros que procuram a região para férias. Os incentivos incluem o pagamento de uma remuneração extra e foram anunciados esta quarta-feira, no Parlamento, pelo ministro da Saúde.

Na Comissão Parlamentar de Saúde, Adalberto Campos Fernandes adiantou que vai ser preparado “um procedimento legislativo para mobilizar recursos para o Algarve” que garanta a transferência temporária de médicos “mesmo que os hospitais de origem não o queiram”. Ou seja, a autorização da unidade onde o médico está vinculado deixa de ser decisiva como até aqui, criando dificuldades na participação do clínico reconhecidas pelo próprio ministro.

Adalberto Campos Fernandes anunciou a medida aos deputados depois de ser questionado sobre as recentes demissões no Hospital de Faro, que desvalorizou e considerou pontuais. O ministro afirmou que “mais 65 profissionais foram contratados de outubro até aqui” e “24 pedidos para a contratação de enfermeiros serão autorizados”, a que se juntará a abertura de mais 20 vagas para novos especialistas hospitalares. Além disso, o Centro Hospital e Universitário do Algarve tem a decorrer concursos para aquisições no valor de 5,5 milhões de euros, acrescentou o ministro.

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Na sessão, o governante garantiu que os problemas no Hospital de Faro “são divergências pontuais e que já estão a ser ultrapassadas”, acrescentando que “não há demissões no Hospital de Faro” mas sim “pedidos de demissão de três diretores de serviços, num total de 1800 no país”. Em causa estão problemas de sobrelotação de doentes e de pressão para altas precoces denunciadas esta terça-feira pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Segundo o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, três diretores dos serviços de Medicina do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, em Faro, pediram a demissão na sequência da sobrelotação e de dificuldades de internamento. O SIM referiu também que a administração do hospital tentou pressionar os serviços para que dessem altas antecipadas a doentes.

Rede Expresso

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