Voz móvel no Algarve com bom desempenho, exceto nas áreas rurais

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O serviço de voz móvel no Algarve apresenta “bom desempenho global em todos os operadores”, embora nas áreas rurais se registe “uma degradação” e a Meo é o operador com velocidades médias de transferência de ficheiros “mais elevadas”.

Esta informação consta do estudo da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) de avaliação do desempenho de serviços móveis de voz e dados e da cobertura GSM (2G ou segunda geração), UMTS (3G) e LTE (4G) disponibilizados pela Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone Portugal no Algarve.

“Neste quarto estudo, relativo à região NUTS II do Algarve, os sistemas de comunicações móveis dos operadores analisados apresentam, em média, boa cobertura rádio GSM e adequada cobertura rádio UMTS e LTE”, refere a Anacom, adiantando que “o serviço de voz apresenta bom desempenho global em todos os operadores, embora nas áreas predominantemente rurais e mediamente urbanas se observe uma degradação do desempenho, nomeadamente no que toca à capacidade de estabelecimento de chamadas”.

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No que respeita aos serviços de dados, em transferência de ficheiros, “regista-se bom desempenho global, observando-se algumas diferenças entre os operadores e entre as tipologias de áreas urbanas”.

O estudo da Anacom aponta que o operador Meo “regista as velocidades médias de transferência de ficheiros mais elevadas, em download e em upload”.

O estudo, que avalia a qualidade do serviço de comunicações móveis no Algarve – o quarto, depois do Alentejo, Norte e Área Metropolitana de Lisboa – abarca 16 municípios, abrangendo cerca de 5000 quilómetros quadrados, e conta com 438.406 habitantes. 

“Nas áreas mediamente urbanas e predominantemente rurais observam-se as velocidades médias de transferência de ficheiros mais baixas, tanto em download como em upload”, refere o estudo, apontando que se observa “uma variabilidade muito elevada deste indicador, registando-se valores máximos da ordem de 209 Mbps e 63 Mbps e mínimos de 0,008 Mbps e 0,015 Mbps, respetivamente em download e upload”.

Regista-se ainda que “os serviços de navegação na Internet e Youtube video streaming, e também a latência de transmissão de dados, apresentam desempenhos inferiores, face à transferência de ficheiros, observando-se também algumas diferenças entre operadores e tipologias de áreas urbanas”. 

Em termos globais, “registam-se piores desempenhos nas áreas mediamente urbanas e predominantemente rurais”.

O estudo, realizado entre 20 e 29 de outubro, assenta em testes realizados de acordo com nova metodologia aprovada pela Anacom em 2017.

Neste período foram realizadas 983 chamadas de voz, 6.497 sessões de dados e 590.098 medições de sinal rádio, correspondendo a aproximadamente 328 chamadas de voz, 361 sessões de dados e 65.566 medições de sinal rádio, por indicador e operador. 

“Foram percorridos 273 quilómetros em testes”, refere a Anacom, que salienta que “a leitura dos resultados deve atender à natureza dinâmica e à evolução permanente dos sistemas de comunicações móveis”.

O regulador prevê finalizar, no início do próximo ano, o estudo relativo ao território continental.

“Estes estudos, que visam dotar o mercado de informação isenta sobre o desempenho destes serviços, têm em vista caracterizar a experiência de utilizador em termos de acessibilidade, retenção e integridade dos serviços”, pelo que, “para tal, são realizadas pela Anacom chamadas e conversações, para avaliação do serviço de voz; transferências de ficheiros, de páginas web e de vídeos, para avaliação dos serviços de dados; medições de níveis de sinal das redes rádio, para avaliação da cobertura; resultando em 13 indicadores de qualidade utilizados para aferir o desempenho dos serviços e a cobertura rádio”.

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